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As Estrelas Fixas no seu Mapa Astral: Conjunções, Parans e Mais

Foto do escritor: Tami SaturniTami Saturni

Atualizado: 24 de jan.


estrela fixa vega alpha lyrae
Vega. Créditos: skyandtelescope.org

Tudo o que existe - inclusive você - é feito de pó de estrela



Você já olhou para o céu e sentiu uma conexão profunda com a luz cintilante das estrelas?


Uma nostalgia, uma saudade de mundos que você nunca conheceu - ao menos nesta vida?


Ou então um desejo premente de ler os contos de criação que alguma parte irracional de você sabe que estão tecidos na luz das estrelas fixas?


Ainda que você nunca tenha sentido nada disso, esses corpos celestes carregam informações preciosas sobre a natureza do seu Espírito e do seu Destino - informações essas que não necessariamente aparecem numa leitura astrológica convencional.


Isso porque, neste caso, o foco costuma ser nos planetas e nas constelações do Zodíaco, ou seja, as que se encontram na trajetória do Sol, também conhecida como eclíptica. 


E é claro que elas são absolutamente fundamentais e relevantes para entender você e sua vida - não pense que eu estou falando outra coisa. Eu simplesmente estou propondo que as narrativas míticas das estrelas fixas de todo o céu, e não só da eclíptica, contribuem para tecer a teia da sua carta natal.


Muitas pessoas já ouviram falar de conjunções entre estrelas e planetas - é a maneira mais conhecida de interação entre estrelas fixas e mapas astrais. Mas ela não é a única e, de fato, não é nem a mais relevante - embora conte, é claro.


Neste artigo, você vai:


  • Saber mais sobre a relevância e a natureza das estrelas fixas em escala cosmológica;

  • Descobrir de que maneiras as estrelas fixas influenciam seu mapa astral: parantellonta, Estrela de Ascensão Heliacal, Estrela de Ocaso Heliacal e conjunções, com tutorial para calcular;

  • Entender de vez a diferença entre zodíaco sideral e tropical e descobrir como calar a boca de quem pergunta do Ophiuchus.



Quando o Cosmos nasceu, dizem os nossos astrônomos, tudo era uma sopa de radiação que eventualmente coalesceu em átomos: o hidrogênio e o hélio. Nuvens massivas desses elementos colapsaram sob a própria gravidade, dando origem às primeiras estrelas. 


Foi nos núcleos dessas primeiras estrelas que outros elementos passaram a ser sintetizados, como o carbono dos seus ossos e o ferro do seu sangue. 


Ao final de suas longas vidas, essas estrelas, em alguns casos, explodiam - e os elementos por ela criados se dispersaram em ventos cósmicos para outras nuvens que viravam estrelas e, com esses elementos, sintetizam outros ainda mais pesados. 


E assim, sucessivamente, ao longo de éons, as estrelas trabalharam para parir os elementos que constituem cada átomo do seu corpo e do mundo em que você vive.


E, se do pó das estrelas viemos, ao pó das estrelas retornaremos.



Antes de prosseguir: tinha outros assuntos que eu queria abordar neste post, como as principais estrelas fixas e também suas aplicações à prática mágica e espiritual, mas depois que escrevi isso aqui achei que ia ficar muito longo e que seria melhor escrever mais artigos à parte. 


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O berço do seu espírito: as estrelas fixas


Platão, em seu Timeu, detalha a origem estelar do espírito humano. Nas palavras do Demiurgo, o Criador, para os Deuses menores por ele criados:


"E, embora vocês não sejam imortais, não morrerão, pois eu os manterei unidos. Ouçam-me, então: três tribos de seres mortais ainda precisam ser criadas, mas, se fossem criadas por mim, seriam como deuses. Façam vocês, portanto, com que eles nasçam; eu implantarei neles a semente da imortalidade, e vocês urdirão juntos o mortal e o imortal, e fornecerão alimento para eles, e os receberão novamente na morte. 


Assim ele falou, e derramou os restos dos elementos no cálice no qual ele havia misturado a alma do universo. Eles não eram mais puros como antes, mas diluídos; e a mistura ele distribuiu em almas iguais em número às estrelas, e atribuiu cada uma a uma estrela — então, depois de montá-las, como em uma carruagem, ele mostrou-lhes a natureza do universo e contou-lhes sobre seus futuros nascimentos e destinos humanos. 


Elas seriam semeadas nos planetas, e delas surgiria o mais religioso dos animais, que doravante seria chamado de homem. As almas seriam implantadas em corpos, que estariam em perpétuo fluxo, de onde, ele disse, surgiriam, primeiro, a sensação; segundo, o amor, que é uma mistura de prazer e dor; terceiro, o medo e a raiva, e as afeições opostas: e, se conquistassem estas, viveriam de maneira justa, mas, se fossem conquistados por elas, de maneira injusta.


Aquele que vivesse bem retornaria à sua estrela nativa, e ali teria uma existência abençoada; mas, se vivesse mal, passaria à natureza de uma mulher*, e, se não alterasse seus maus caminhos, para a semelhança de algum animal, até que a razão, que estava nele, reassumisse seu controle sobre os elementos de fogo, ar, terra, água, que a haviam absorvido, e ele recuperasse sua primeira e melhor natureza."


*Atenção: Vale lembrar que certos conceitos presentes em textos antigos, como a visão de Platão sobre reencarnação em corpos femininos, refletem as crenças e contextos culturais de sua época. Apesar de não serem compatíveis com os valores atuais, é importante entender o pensamento filosófico dentro do seu contexto histórico. Hoje, lemos essas obras como produtos de seu tempo, sem perder de vista os avanços nas visões de gênero e igualdade.


O que Platão está dizendo aqui é que, no ato da criação do humano, o próprio Demiurgo soprou pó de estrela no barro original. Eis aí a dualidade intrínseca à condição humana. Somos da Terra - e também dos Céus. Se, por um lado, podemos ser animalescos e instintivos (e eu não estou falando que isso é mau), também podemos ser cósmicos e transcendentes. 


A luz das estrelas pode nos guiar para a nossa verdadeira essência - para isso, vamos explorar sua localização no Grande Esquema das Coisas.




As estrelas fixas na estrutura do Universo



“E assim então as estrelas fixas foram criadas, sendo animais eternos e divinos, girando no mesmo lugar…”


-- Platão, Timeu



Aristóteles, discípulo de Platão, levou a cosmovisão deste a um novo nível, estruturando o Universo como um sistema de Esferas concêntricas. A mais externa é o Primum Mobile, ou Primeiro Motor, pois, ainda que imóvel, é a Fonte de todo o movimento do Cosmos.


"Fica claro, então, que não há nem lugar, nem vazio, nem tempo, fora do céu. Portanto, o que quer que esteja lá, tem uma natureza tal que não ocupa nenhum lugar, nem o tempo o envelhece; nem há qualquer mudança nas coisas que estão além do movimento mais externo; elas permanecem durante toda a sua duração inalteráveis e imutáveis, vivendo as vidas melhores e mais autossuficientes... Da [realização do céu inteiro] deriva o ser e a vida que outras coisas, algumas de forma mais ou menos articulada, mas outras de maneira fraca, desfrutam."


-- Aristóteles, De Caelo, I.9, 279 a17–30


Essa passagem reflete a visão de Aristóteles sobre a eternidade e imutabilidade das Esferas Celestes, que estão além do movimento e da mudança do mundo sublunar. Sua imutabilidade e permanência estão intimamente ligadas ao que há de mais elevado ou divinal. De fato, para Aristóteles, isso é Deus ou a Fonte - e não um senhorzinho barbado e vingativo.


A primeira Esfera interior ao Primum Mobile é a das estrelas fixas. A esta sucedem as dos planetas, na ordem caldeia: Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e a Lua, com a Terra ao centro. 


O que diferencia as estrelas fixas dos planetas, cujo nome em grego significa “errantes”, é justamente a imobilidade - por isso, fixas. São, afinal, mais próximas do que os planetas da Fonte de tudo, o que se reflete na constância de sua natureza.


Assim, as estrelas fixas no seu mapa astral são onde o fogo cósmico queima mais puro, mais próximo da Fonte do movimento do Universo.




Como as estrelas fixas influenciam o mapa astral?


As estrelas fixas influenciam o mapa astral primeiro através dos planetas, via parans e conjunções, e também por meio de suas fases estelares - a Estrela de Ascensão Heliacal e a de Ocaso Heliacal.



Estrelas fixas em conjunção com planetas no mapa astral


A maneira mais comumente conhecida em que as estrelas fixas influenciam o mapa astral é pela conjunção com planetas, ângulos e lotes da carta. Aqui, nós usamos orbes de dois graus ou menos, dependendo da magnitude, ou brilho aparente, da estrela.


Por exemplo: uma pessoa com o Ascendente em conjunção com Regulus sentirá as influências de liderança, carisma e criatividade em si, sua aparência e o direcionamento geral de seu destino. Sua presença esbanjará autoconfiança, e ela se verá em evidência mesmo sem buscar isso ativamente.


Alguém com Vênus em conjunção com Algol, por outro lado, terá sua vida afetiva, inclinações artísticas e preferências estéticas tocadas por emoções viscerais, intensidade, turbulência e intoxicação. Essas influências também serão estendidas às casas do mapa natal contendo signos venusianos: Touro, Libra e Peixes. Os temas dispostos por essas casas terão o toque da Medusa.


A questão sobre a conjunção, entretanto, é que ela não é muito precisa. Para estrelas próximas da eclíptica - a trajetória do Sol que define o Zodíaco - o planeta estará, de fato, próximo à estrela na conjunção. Isso porque estamos trabalhando com o grau projetado na eclíptica da estrela, não com sua posição real. Mas, no caso de estrelas mais distantes da eclíptica, a conjunção do planeta com seu grau projetado pode se dar bem distante da posição real da estrela.



Parans ou parantellonta de estrelas fixas com planetas do mapa astral


Na Antiguidade, as conjunções eram usadas, mas de maneira secundária. 


A técnica mais potente para avaliar as estrelas fixas no mapa astral era o paran, ou parantellonta, de estrelas fixas. 


Isso porque as posições que usamos comumente para as estrelas fixas são baseadas no trabalho de Ptolomeu, astrólogo helenístico que desenvolveu o sistema de projetar a longitude das estrelas na eclíptica.


Acontece que o grau projetado é diferente do grau aparente, que por sinal varia de localidade para localidade.


Por exemplo, numa determinada localidade, Arcturus ascende com o grau 10 de Escorpião, e não com o seu grau projetado na eclíptica de 24 de Libra.


E o parans é baseado na relação angular entre planetas e estrelas em seus movimentos aparentes, e não na relação com uma projeção.


No dia em que você nasceu, com base no ponto de vista centrado na sua localização, alguns planetas passaram pelos ângulos (ascendente, meio de céu, descendente, fundo de céu) ao mesmo tempo em que uma estrela também passava por um dos ângulos.


No diagrama, o Sol e Fomalhaut como exemplo:





parans de strelas fixas
Ascensão Heliacal de Fomalhaut em Paris - note como a estrela está fisicamente distante do Sol mas no horizonte ao mesmo tempo. Créditos na imagem, que eu encontrei aqui.

Observe como ambos estão espacialmente distantes no céu e, no entanto, em relação angular, pois tocam o horizonte ao mesmo tempo. 


Neste caso, o planeta é influenciado pela estrela, e tudo aquilo de que ele dispõe no mapa astral carregará a impressão arquetípica inerente à estrela.


Além disso, esta técnica, desenvolvida por Bernadette Brady com base no texto Anônimo de 379, indica épocas e áreas da vida que cada estrela irá influenciar.


De tal maneira que:


Se a estrela estava no ASC quando ela completou uma relação de parans com um planeta, que poderia este estar em qualquer ângulo, ela influenciará sua vida toda, com foco na infância e juventude.


Se ela estava no MC quando ela completou uma relação de parans com um planeta, que poderia este estar em qualquer ângulo, ela influenciará seu período de maturidade, a sua carreira e a sua projeção pública.


Se ela estava no DC quando ela completou uma relação de parans com um planeta, que poderia este estar em qualquer ângulo, ela influenciará a meia-idade e o final da vida - os anos crepusculares.


Se ela estava no IC quando ela completou uma relação de parans com um planeta, que poderia este estar em qualquer ângulo, ela influenciará a velhice e o seu legado


Tomar conhecimento destas estrelas dá uma compreensão mais profunda, holística e nuançada da sua vida e de você, além de ser um bom primeiro passo para trabalhos espirituais e mágicos com essas estrelas.




Estrela de Ascensão Heliacal: a Luz que guia seu Destino e sua Essência


No dia em que você veio ao mundo, uma estrela nascia junto com o Sol.


Essa estrela influencia suas aspirações íntimas, as suas inclinações espirituais e a sua jornada neste mundo. 


Ela opera na sua vida como uma ponte entre o mundo material e o mundo espiritual.


Trata-se da sua Estrela de Ascensão Heliacal (EAH), que desempenha o papel de Espírito Guardião, orientando seu coração e guiando seus passos.


A ideia de que cada ser humano tem uma estrela-guia é muito antiga. 


Como já exposto, na Grécia Antiga Platão falou de como o Criador separou a Alma do Universo em tantas partes quanto havia estrelas, atribuindo a cada alma uma estrela. 


E o conceito de ascensão heliacal é mais antigo ainda: vem do Antigo Egito, onde acreditava-se que cada estrela era um deus ou deusa.


Devido ao movimento do Sol, as estrelas ficam ora visíveis, ora invisíveis durante a noite.


O momento em que uma estrela se punha com o nascer do Sol representava, na cosmovisão egípcia, o ingresso da divindade no submundo, ou seja, a sua morte. Era o começo da sua fase de invisibilidade.


Quando essa estrela voltava a ficar visível, comemorava-se a ressurreição da divindade e considerava-se que ela era a regente dos dias - até que a estrela seguinte ressurgisse do submundo.


A estrela volta a ser visível quando ela começa a nascer com o Sol: a ascensão heliacal.


E é por isso que a estrela que nasceu com o Sol no dia do seu nascimento é ligada a uma divindade, e os mitos relacionados com ela reverberarão no seu ser e no seu destino.




Estrela de Ocaso Heliacal: o presente espiritual que dá suporte ao seu propósito


Se a EAH é a estrela que nasceu com o Sol no dia de seu nascimento, a Estrela de Ocaso Heliacal é a que estava se pondo enquanto o Sol nascia no dia do seu nascimento.


Ou seja: se a EAH era o Deus que emergia vitorioso do submundo, voltando à vida, a EOH era a Divindade que descendia os degraus para iniciar seu suplício no submundo - que, da perspectiva divinal, se trata do nosso plano material.


Se a EAH, simbolizando um Deus que renasce para o mundo espiritual, aponta para o caminho de volta ao lar estrelado, a EOH traz, de sua morada celeste, uma centelha, uma memória - para acalentar nossos espíritos quando eles se sentem prisioneiros e isolados no Reino material.


Aqui eu vou arriscar uma comparação, mas lembre-se de guardar as devidas proporções: a Estrela de Ascensão Heliacal é como o Lote do Espírito, indicando como nosso lado material se projeta para o reino espiritual, ao passo que a Estrela de Ocaso Heliacal é como o Lote da Fortuna, que fala sobre como projetamos nosso aspecto espiritual para a matéria.



Estrela no Horizonte Natal: uma influência poderosa e vitalícia


É relativamente raro que isso aconteça, mas, às vezes, uma estrela, e não seu grau projetado na eclíptica, estará tocando um dos ângulos no momento de seu nascimento.


Quando é este o caso, a ressonância desta estrela será muito relevante - você será, ao menos em parte, uma corporificação dela e de seus temas míticos. Esta estrela influenciará toda a sua vida.



Tutorial: como descobrir os parans de estrelas fixas no seu mapa e mais


Se você chegou até aqui, você deve estar se perguntando como saber quais são suas EAH, EOH e estrelas fixas em parantellonta.


É muito fácil.



Depois você vai clicar aqui, selecionar seu mapa e, onde se lê “Chart type:”, você vai selecionar “Parans according to Bernadette Brady, PDF” no menu drop down.


O PDF vai ser gerado com todas as informações. Tem outros tipos de parans com os quais você pode brincar, mas este é o que eu conheço, uso e posso afirmar que funciona.


Se você quiser um segundo par de olhos para te ajudar a explorar o que o que seus resultados querem dizer, à luz da sua carta natal, eu ofereço uma leitura astrológica dedicada exclusivamente às estrelas fixas.



As estrelas são fixas - relativamente: a precessão dos equinócios, zodíaco sideral vs. tropical e o Ophiuchus


Importante notar que, devido à precessão dos equinócios, a posição real das constelações varia ao longo dos séculos. 


 Da nossa perspectiva da Terra, as estrelas não são totalmente fixas, pois movem-se um grau a cada 72 anos. A explicação para este fenômeno reside na precessão dos equinócios - um movimento cíclico da Terra que ocorre devido à inclinação do seu eixo de rotação, fazendo-a girar como um pião num ciclo de 25.800 anos. 


De fato, existem dois zodíacos em uso: o tropical e o sideral. Aquele sendo o conceitual, que equipara o ponto vernal, o grau zero de Áries onde começa o zodíaco, ao grau ocupado pelo Sol no dia do equinócio de primavera do Hemisfério Norte/outono do Hemisfério Sul.


E este sendo o que se alinha às posições reais das constelações.


Há quem pense que ele seja, por isso, superior. Algumas pessoas verdadeiramente ignorantes pensam que astrólogos, que trabalham com isso o dia inteiro, misteriosamente nunca ouviram falar da precessão dos equinócios - quiçá, se não tivessem evadido as aulas de astronomia da escola, não teriam escolhido ofício tão místico.


A questão é que mesmo o zodíaco sideral opera sobre abstrações, pois as constelações não são regulares, algumas ocupando menos e outras mais do que 30º de arco de céu. Trata-se, portanto, de uma versão idealizada do céu, dividindo-o em 12 partes iguais que correspondem grosseiramente às constelações.


Tem, ainda, o zodíaco constelacional, para aqueles que fazem questão de dizer que têm o Sol em Serpentário… Este, sim, conta com constelações de comprimentos irregulares, de modo que o 13º signo se imiscui aí. 


Como Astrologia é um sistema simbólico e nem quem usa zodíaco sideral considera o Ophiuchus, acho que dá pra descansar na sabedoria de que quem usa isso pra alegar que Astrologia não é real é néscio incorrigível.


Antes de encerrar, um fato curioso: Tycho Brahe e Johannes Kepler eram… Astrólogos… Inclusive tendo servido como astrólogos da corte por alguns anos.



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